terça-feira, 17 de maio de 2011

Aborto é tema de discussão nas escolas

Alunos de 5ª à 8ª série de Seara realizaram entrevistas para o projeto Redigindo o Futuro.
O projeto Redigindo o Futuro é uma parceria do Ministério Público de Seara, Secretaria Municipal e Gerência Regional da Educação.

2º Lugar
Aluna: Julia Regina Jung
Série: 6ª
Professora: Vanisete de Freitas
Escola de Ensino Fundamental Batista Paludo

Aborto

Muito se tem falado, noticiado sobre o aborto. Várias são as opiniões das pessoas ao se posicionarem a favor ou contra o aborto. Cada qual argumenta de acordo com cada situação, mas ninguém quer ser responsável pelo veredito: pode ou não pode. As pessoas costumam dizer: cada caso é um caso, mas em ambos, quem acaba sofrendo é a mãe e principalmente o bebê que não tem opção de escolha de vida.
                Atualmente no Brasil, aborto é considerado crime, exceto em duas situações:
De estupro e de risco de vida da mãe. A proposta de um Anteprojeto de Lei, que está tramitando no Congresso Nacional, inclui uma terceira possibilidade quando da constatação de anomalias do feto. Essa situação já vem sendo considerada pela justiça brasileira, apesar de não estar legislada. Esse tema tem sido discutido desde inúmeras perspectivas, variando desde a sua condenação até sua libertação, inclusive descaracterizando-o como aborto, mas denominando procedimento de antecipação terapêutica de parto.
                Há também um tipo de aborto que independe de lei ou da decisão do casal, que é o aborto espontâneo. Muitas mulheres possuem doenças no aparelho reprodutor que as impede de chegar ao final da gravidez, ocorrendo o aborto. A perda daquele ser que as completaria enquanto pessoa e mãe é frustrante e triste. Hoje em dia, pesquisadores buscam formular medicamentos que auxiliem essas mulheres a realizarem o sonho de constituírem uma família.
                Procurando obter mais informações sobre o assunto, procuramos a senhora Simone Jung, 34 anos, casada, mãe de três filhos e moradora do Distrito de Caraíba – Seara, para uma entrevista.

1-      O que você entende por aborto?
R: é quando a mãe perde o bebê durante a gravidez. Pode ser de forma natural ou provocada.

2-      O que você acha do aborto?
R: O aborto é uma atitude muito feia, condenável, desde que não coloque a vida da mãe em risco ou que a gravidez não seja fruto de algum crime.

3-      Você já sofre algum?
R: Sim.

4-      O que você sentiu?
R: Eu me senti muito triste, pois a gente cria uma expectativa, faz planos e de repente, fica sem nada, apenas um vazio.

5-      Como aconteceu?
R: A bolsa d’ água não se grudou bem no útero. Eu estava com duas semanas.

6-      Foi por querer ou sem querer?
R: Foi espontâneo, eu não queria que tivesse acontecido. Queria muito esse filho.

7-      Você se considera uma criminosa por causa do aborto?
R: Não, pois aconteceu de forma natural, eu não quis que acontecesse, foi espontâneo.

Existe os dois lados da moeda: uns defendem o aborto, dizendo que a decisão de ter ou não o filho é da mãe e argumentam que o corpo é dela. Outros dizem que a mãe tem decisão sobre sua vida e não na vida do bebê. Se olharmos sobre esse aspecto, podemos observar o quanto é grande a lista de espera de pessoas para adoção de crianças.
De qualquer forma, percebemos que as pessoas possuem poucas informações sobre o assunto, o que as impede de decidir o que é melhor para a mãe e o filho, de saber diferenciar quando um aborto é considerado crime ou não ou ainda de saber optar pela vida.